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Mostrando postagens de julho, 2020

Retorno (mais um)

Esses dias estava dando uma olhada nos textos do blog. É algo que faço pelo menos uma vez no ano. Leio porque gosto de verdade de algumas das coisas que escrevi aqui; às vezes, também, por curiosidade para saber como pensava há 5 ou 10 anos atrás. Para ver quanto mudei e quanto ainda ficou daquele tempo.   Percebo um tanto de dor e melancolia nos poemas, embora tenha alguns bem leves. Nas crônicas um pouco mais de otimismo e de sonho, embora tenham algumas de alerta. Não raro me surpreendo com a qualidade de alguns dos textos e penso comigo mesmo: “não lembrava de ter escrito isso; eu posso escrever muito bem quando me permito, hein?”. Não por vaidade boba, nem por nada, só porque aprendi a reconhecer qualidades em mim com o tempo, porque nem sempre fui bom nisso. Quase nunca, na verdade. O ciclo é sempre esse: leio, acho bom, me pergunto por que parei de escrever e faço o propósito de voltar a escrever com frequência. “Pelo menos uma vez por semana”. Como se fosse fácil voltar ass

Deita no meu peito

Para Bruna. Deita no meu peito, amor Vem me ser calor Deixa-me te ser aconchego Está tudo tão louco lá fora! O que já não fazia muito sentido Agora não faz sentido algum Sinto tudo desmoronar...   Nada faz sentido Só a tua cabeça deitada no meu peito Me traz algum conforto em meio ao caos   Vamos projetar nosso castelo, Nossa fortaleza de papelão Com as cores mais bonitas   Vamos decorar os interiores Com flores e quadros e fotos Com nossos momentos e sonhos E esperar que a beleza nos proteja Desta feiura que se aproxima É tudo tão frágil... Mas o que importa é sentir-se são e seguro Enquanto for possível   Até a próxima tragédia, Estaremos celebrando nossas vidas