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Novo blog

O blog Anotações de leitura é a minha mais nova empreitada no mundo dos blogs. O título já diz tudo, mas para quem quiser uma explicação adicional, o primeiro post publicado há pouco deve suprir essa carência. Sintam-se intimados convidados a dar uma espiadinha lá (risos). Serão muito bem-vindos!

Sobre uma menina, alemães e judeus

Durante as férias andei lendo algumas coisas e resolvi falar um pouquinho aqui sobre dois que a maioria já deve ter lido, mas eu resolvi ler só agora: A menina que roubava livros e Quando Nietzsche chorou . Coincidentemente os dois livros tem alemães e judeus, embora só o primeiro tenha uma menina, daí o título do post (risos). Vamos aos comentários: A menina que roubava livros Confesso que na primeira vez que tentei ler não passei da 20ª página. Achei muito estranha e fragmentada aquela narração da dona Morte. Passaram-se anos e depois de alguns amigos comentarem bastante o livro resolvi ler novamente e com calma, e então tudo fez sentido; cheguei a sentir saudades do livro e ficar pensando nos personagens quando não estava lendo. Há um equilíbrio ali entre o ódio, a crueldade, a miséria, o irracional e a beleza, o amor, a solidariedade, a amizade. Aliás, é a poesia que vence durante todo o livro. Na música do acordeonista, nos livros do lutador judeu, nos presentes de Liesel,

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"Toda alma é uma música que toca." Rubem Alves Hoje queria ser apenas voz, som, música. Ser improviso vão de um gênio qualquer que se vai lançando nos ouvidos e emocionando, comunicando, poesia musical, sem letra, apenas som, ininterrupto, contínuo, melodioso, harmônico, belo, melancólico, com trechos vibrantes e mesmo alegres, envolvendo a platéia que reagiria a cada nota conforme a tonalidade, chorando, sorrindo, surpresa diante de tão grandioso e ambicioso concerto. E assim ir me dando inteiro, fluido, até a última nota de uma partitura que vai sendo escrita à medida que tocada e cantada, sem ensaios, consertos e revisões. Até o dia em que a corda arrebente, o piano desafine, a voz se acabe e seja hora do silêncio final.

TV x Contador de Histórias

No início do conto O Adeus do navegante , de Milton Hatoum, o velho navegante chega de viagem e manda desligarem a televisão para contar um causo. A história que ele conta é sobre um duelo, mas o conto de Hatoum é sobre outro duelo: o do título deste post. Ela se passa num tempo em que a televisão ainda causava fascínio por ser novidade e privilégio de poucos, mas a imagem do homem que chega e manda desligar a televisão para que o ouçam causa maior fascínio ainda, pelo menos em mim. Ao ler sobre como as famílias se reuniam para ouvir a leitura de um romance ou para alguém contar histórias, sinto uma imensa vontade de ter vivido nessa época. Quando imagino uma cena como a do patriarca no conto de Hatoum sinto que há nela uma atmosfera mágica, as palavras saindo da boca e a imaginação dos ouvintes aguçada tentando visualizar o que está sendo contado. Lembro que na infância, quando faltava energia elétrica, meu avô Amaral contava algumas de suas histórias: de suas pescarias,

Herança

Andando pelo mundo dos homens, vi a cor escura no seu olhar transbordando um sentimento desconhecido. Sem me apavorar, peguei a lupa da sensibilidade e examinei cada minúscula partícula desse olhar: Não havia febre, Não havia frio, Talvez houvesse dor e até paixão; Mas como medir Se não soube ouvir os ruídos do seu silêncio? Um dia foste embora. De todas as palavras que deixaste, De todas que fui capaz de guardar, Nenhuma me disse mais que aquele silêncio profundo, e aquela escuridão do seu olhar. Neles, o mistério do teu ser; Neles, o tesouro - ou a maldição - que não soube alcançar; Neles, a tua única força capaz de tocar minha alma. Daquilo que vivemos, essa é a minha maior herança.

Música que não sai da cabeça...

Por onde? Eliana Printes Composição: Kléber Albuquerque/Táta Fernandes Por onde passará o amor se a ponte quebrar? Será que vai por água baixo ou aprende a voar? Se vai voar até o infinito Se esquecer de continuar Ou vai fincar o pé na margem e acenar Para um ponto qualquer no horizonte Ou vai descer o rio até chegar no mar Ou se o amor é a própria ponte Amor, me diga Ai, amor, me conte Por onde passará o amor se a ponte quebrar? Será que vai por água baixo ou aprende a voar? Se vai pagar pra ver a flor do abismo desabrochar Ou vai se consumir até se consumar Ou vai cair em si do último andar Saí sem ter paradeiro nem hora pra chegar Vou conhecer o mundo inteiro e se você chamar Com meu cavalo ligeiro volto pra te buscar ...

Trechos da entrevista aos membros da comunidade Pequeno Príncipe no orkut - II

Vi seu amor por Manaus, me deu até vontade de conhecer, ehehehehe... Se a cidade sumisse do mapa, qual seria sua melhor lembrança dela??? Tenho problemas para classificar algo como melhor ou pior, mais ou menos, mas... A Manaus da minha infância é muito diferente da de hoje. Criança, eu tomava banho no Tarumã. Hoje é uma área residencial, o igarapé tá poluído. A cachoeira das almas é outra lembrança boa. A própria Ponta Negra, que já foi o principal balneário daqui, hoje é poluída demais, embora ainda há quem tome banho. De certa, forma a minha Manaus já me escapa um pouco pelos dedos. Mas com certeza ficariam o Teatro Amazonas, a Igreja São João Batista, o Palácio Rio Negro, a imagem do Porto de Manaus, da escadaria, o porto de São Raimundo, as pessoas embarcando e desembarcando. A Praça do Carangueijo, onde já namorei, fechei todos os bares com amigos, comemorei vitórias, derrotas, assisti jogos do Flamengo. O colégio IEA antes da reforma, onde estudei por 3 anos e fiz amizades incrí

Trechos da entrevista aos membros da comunidade Pequeno Príncipe no orkut

Semana passada eu fui entrevistado pelos membros da comunidade do Pequeno Príncipe no orkut. Cada semana um dos membros é entrevistado por todos. Como o pessoal me colocou pra pensar mesmo e acabei gostando de algumas respostas, resolvi postar trechos aqui no blog. Aí vai o primeiro: O que vc aprendeu com o último relacionamento? Tantas coisas que não caberiam nessa entrevista inteira, Tânia. Em primeiro lugar eu aprendi o que é um amor de verdade. Havia cumplicidade. Havia sinceridade. Havia diálogo. Havia duas pessoas que partilhavam tudo, que queriam sinceramente ser um. Eu me relacionei com uma grande pessoa que, apesar de todas as nossas diferenças, me ensinou muito sobre a vida e com quem aprendi muitas coisas juntos. Foi a primeira pessoa com quem fiz amor (veja bem: amor e não sexo apenas); foi com quem partilhei os melhores e os piores momentos durante quatro anos; foi uma pessoa que, com as suas limitações, fez de tudo pra me ver feliz e so doou por inteiro ao relaci

Contatos músicais

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Procurando possíveis parcerias pela internet olha só os músicos que encontrei: Trata-se da dupla Moppy e Witje, que foi adestrada pela fotógrafa Ellen van Deelen, de 51 anos. Mais informações, vejam a notícia clicando aqui: BBC Brasil

De como decidi cantar na noite

Como prometi no twitter , vim falar sobre a apresentação de sábado. Na verdade essa história de tocar na noite vem amadurecendo desde o ano passado, quando eu e o meu amigo Vítor começamos a conversar sobre a possibilidade de tocarmos juntos. Eu toco e canto e ele idem, e nossos repertórios são diferentes, daí pensamos que a soma daria um bom resultado. Eu estou mais na área de mpb e rock anos 80; ele já conhece as mais atuais e sertanejo, coisas que o pessoal também pede, dependendo do local. Nós iríamos tocar em uma choperia perto da casa da minha mãe (na época eu morava lá, ainda) em janeiro, mas uma gripe e vários contratempos atrapalharam nossos planos. Dessa época nós só tivemos alguns poucos ensaios e um pequeno repertório montado. O tempo passou, eu voltei a estudar, ele estava trabalhando muito e a ideia foi ficando adormecida. Aí, há algumas semanas atrás ele conheceu a cantora Eva Pinheiro, que já está a alguns anos cantando na noite, quando esta fazia uma apresentação na em

Meu perfil no orkut: tá bonitinho, não tá?

Bem, eu sou o Carlos Augusto, mas os mais íntimos me chamam de Guto. Eu gosto do meu nome e do apelido tbm, mas prefiro que a pessoa me chame pelo nome que conheceu. Não sei de muita coisa, geralmente me interesso por coisas que tenham significado essencial para mim. Talvez por isso não entenda nada de carros, muito pouco sobre finanças ou economia, mal conheço a cidade onde moro, mas sou capaz de me enternecer com um cartão recebido no aniversário de 16 anos, ou ouvindo músicas que me lembram pessoas queridas, entre outras coisas do tipo. Sou muito tímido, dificilmente inicio uma conversa e no meio de muita gente eu geralmente fico calado, o que sempre foi um problema na hora de arrumar namoradas, rs. Entretanto, se me torno seu amigo, sou uma pessoa transparente e vc saberá tudo de mim; por isso escolho a dedo meus amigos, pois não sou muito de ter segredos e gosto de confiar inteiramente nas pessoas com quem me relaciono. Sou um amigo fiel e leal e geralmente me torno confidente das

É nóis na fita, mano!

Amigos, no sábado o point é no Parque dos Bilhares, o Confrade Café Bar, onde estarei fazendo uma apresentação com voz e violão apartir das 20hs. Compareçam, digam que me amam, cantem junto e façam bracinho, tá bom? Até lá!

News

1. Daqui a algumas horas, estarei me apresentando no Confrade Café & Bar , localizado no Parque dos Bilhares bem na entrada pela Djalma Batista. A apresentação de voz e violão, é minha primeira desde que decidi cantar profissionalmente no final do ano passado. Vinha adiando, adiando, e daí resolvi por um impulso começar o quanto antes, mesmo sem pasta de repertório, aparelhagem ou planejamentos de qualquer ordem. Que a força dos acasos me tragam boa sorte! 2. O fato de estar morando sozinho me deu uma tranquilidade e tempo que nunca tive para ler e escrever. O resultado é que as ideias pululam por todos os cantos da mente e qualquer pequeno acontecimento cotidiano já se torna ideia e embrião de um novo texto, seja conto, poema, crônica ou qualquer outro formato que eu venha a utilizar. No momento são dois os principais projetos literários: um conto sobre infidelidade e um romance sobre a amizade de um padre e um adolescente que aspira a vida religiosa. Mais detalhes nos próximos c

Ai ai ai...

Se uma mulher cantasse Case-se comigo da Vanessa da Mata pra mim, eu casaria na mesma hora. Aliás se uma mulher cantasse e compusesse como a Vanessa da Mata, eu mesmo pediria em casamento. Pensando bem, alguém tem o e-mail, celular, orkut da Vanessa da Mata?

A insustentável leveza do ser

Sim, sim, esse é o nome do livro do Milan Kundera. Aliás, livro maravilhoso! Comecei a ler no fim-de-semana e não consigo largar. Veio a calhar com o meu momento. Providência divina? Destino? Sei não. Acho que as coisas estão sempre ligadas. Sempre com algum propósito misterioso. A vida tem um jeito estranho de nos levar pra onde ela quer. Aliás, vou já criar um post falando sobre isso, que é outro assunto. Vim aqui, agora, pra postar um texto meu que já postei no blog antigo, pois o texto do Kundera me lembrou muito ele. Aí vai: Um caminho Ele caminhava: mãos no bolso, cabelo ao vento, cheio de uma liberdade tão plena que chegava a oprimir (porque a liberdade pode ser tormenta para quem não a conquista com luta, suor e sangue). Caminhava, passos lentos, reflexivos como ele todo. Caminhava e era como se não estivesse ali, como se pisar o chão fosse uma opção, como se viver na Terra ou em outra galáxia fosse nada mais que uma opção, tal era a dimensão da liberdade que o aplacava. As pes