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Mostrando postagens de fevereiro, 2012

Sono estelar

A solidão inundou os aposentos da sua pequena casa com mais força que teria uma torrente de água vinda de alguma represa que tivesse ido abaixo. Por todos os cantos havia um quê de ausência e ele nem sabia de que. Quem sabe haveria jeito de substituir a ausência por alguma outra coisa; bastava saber que coisa era aquela que tanto faltava. E o que faltava? Ainda há pouco os amigos estavam aí e eles jogavam baralho, conversavam sobre futebol, mulheres, contavam piadas, causos, pareciam tão alegres, tão animados, tão divertidos! Agora todos estavam em suas casas, alguns com suas mulheres e filhos, outros com os pais, mas ele estava ali, com os seus móveis, a televisão e a geladeira ainda com algumas latinhas de cerveja bem gelada. E aquela ausência descabida de sabe-se lá o que. Por mais que já houvesse se acostumado a senti-lo, aquele vazio era atordoante como uma febre surgida do nada, sem dar pistas da sua causa, e essa em especial, era de deixar acamado. Fosse ao hospital, t