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Mostrando postagens com o rótulo crônicas

Sobre Timidez, livros e leitura - Blog Everyday April - 1º dia

Pessoas, cá estou de novo tentando dar uma sobrevida ao meu combalido blog. Tudo culpa da  Thami ,   que me veio de novo com essa ideia maluca de blogar todos os dias de abril – a primeira vez foi em 2013 e não consegui cumprir o desafio. Como daquela vez, convoco as graças do honorável  Santo Beda  para me trazer inspiração e iluminar os pensamentos. Daquela vez ele não me ouviu muito, ou foi eu que não o ouvi, mas vai que dessa vez dá liga! Pra começar, deixem-me falar um pouco dos últimos dias. (Ah, sim, esqueci de avisar que, como ando sem prática de escrita, isso aqui pode virar um diário – fiquem avisados.) Voltando: esse ano tenho andado meio preguiçoso pra ler (leia-se preguiçoso e meio, e se quiser elevar ao quadrado não será exagero). Iniciei o ano lendo um livro ótimo do Rubem Fonseca, Vastas emoções e Pensamentos Imperfeitos , mas só fui concluir a leitura na metade de fevereiro. Lento demais até para os meus padrões. Daí empolguei e li Órfãos do Eldorado , do Milton

Gabo, piolhos e cuecas furadas

Quando estava iniciando meu blog, lá no UOL ainda, reli a primeira vez Memórias de minhas putas tristes e tive a ideia de um post. Republico agora, para fazer as vezes de despedida. Vá com Deus, Gabo! Segunda-feira, 17 de Outubro de 2005 Pessoas, Estou lendo “Memórias de Minhas Putas Tristes”, de Gabriel Garcia Márquez. Quer dizer, estou re-lendo, pois da primeira leitura gostei tanto que cheguei com demasiada pressa ao final da história  deixando de recolher os tesouros escondidos nas entrelinhas, nas orações que passam muitas vezes despercebidas caso não sejamos leitores atentos. E foi assim que logo na página 12 encontrei o primeiro, um excelente tema para uma boa reflexão, motivo pelo qual senti a obrigação de fazer uma pausa na leitura. Ao descrever seu personagem principal, Garcia Márquez conta uma historinha que ouviu quando criança, daquelas que os adultos contam com a intenção de ensinar algo às crianças e que servem mais é para assombrar-lhes a mente: “se um

BEDA #7 - Perdemos tempo?

Lá pelos idos de 2002, quando eu era ainda um calouro na faculdade pouco habituado ao novo ritmo de estudos, ao fim de longas horas de estudo na biblioteca, escrevi um poema, uma reflexão sobre o tempo, que foi durante anos o meu predileto. Infelizmente eu acabei perdendo-o antes que eu entrasse na era digital e pudesse gravá-lo em algum arquivo de computador. Não me conformo com a perda, mas não há o que fazer a respeito. Enfim, só estou falando dele agora porque há um trecho simples do qual lembro perfeitamente e que sempre me dá um norte nos momentos de reflexão. Presenteio-vos com ele, para que o utilizem nas suas reflexões, se assim desejarem. "(...) Perdemos muito tempo... Mas nós perdemos o tempo? - O que perdemos é vida no tempo!  (...)"

BEDA #6 - A coragem de ser

Tempos atrás li uma crônica deliciosa da Clarice Lispector intitulada “Se eu fosse eu”. Transcrevo abaixo um trecho e volto em seguida: “Quando não sei onde guardei um papel importante e a procura se revela inútil, pergunto-me: se eu fosse eu e tivesse um papel importante para guardar, que lugar escolheria? Às vezes dá certo. Mas muitas vezes fico tão impressionada com a frase 'se eu fosse eu', que a procura do papel se torna secundária, e começo a pensar. Diria melhor, sentir. E não me sinto bem. Experimente: se você fosse você, como seria e o que faria? Logo de início se sente um constrangimento: a mentira em que nos acomodamos acabou de ser movida do lugar onde se acomodara. No entanto já li biografias de pessoas que de repente passavam a ser elas mesmas e mudavam inteiramente de vida.” (Quem quiser ler na íntegra, pode aqui ) É uma provocação e tanto essa, não? De vez em quando me pego pensando, digo, sentindo como a Clarice. Se eu fosse eu... provavelmente se

BEDA #5 - Da minha preguiça de gente que não pensa

Eu geralmente sou um sonhador, cheio de esperanças de que as coisas vão ser melhores, mas, ultimamente, estou meio cansado desse mundo. Nem tenho mais vontade de entrar no facebook de tanta asneira que tenho visto as pessoas postando lá. E não estou falando de burrice no sentido usual que as pessoas costumam condenar, como tropeços na ortografia, por exemplo. Isso é no máximo um pouco desconfortável, mas passa sem maiores problemas. A pior burrice que se vê por lá é das pessoas que pensam ser inteligentes ou superiores de alguma forma, tentando argumentar sobre assuntos que não passaram pelo crivo da reflexão pessoal sequer por cinco minutos. Gente que decorou algumas frases do senso comum, um trecho da pregação do pastor ou padre, ou até mesmo uma citação que leu no próprio facebook e repete em todas as suas discussões como se fosse o argumento definitivo, aquele que não dá margem a nenhuma contra-argumentação. Outro dia, por exemplo, compartilhei um texto do Dráuzio Varela sob

Beda #4 - Meu sonho de canção

Meu sonho é compor uma canção. Poderia até compor outras canções depois, ou mesmo antes, mas meu sonho é com aquela única que teria o poder especial de acordar nas pessoas o que de melhor possuem, aquela essência que faz delas seres humanos plenos, cientes do que querem no mundo e do que precisam fazer para serem felizes. Ao ouvi-la, as pessoas se dariam conta de que o amor é a resposta, o caminho, a ponte entre o eu e o outro, aquilo que pode nos trazer a paz e a felicidade. Uma canção poderosa, que soaria longe e adentraria mesmo aqueles corações mais endurecidos e embrutecidos pelos males da vida ou por longos anos de exercício do egoísmo profissional, que desarmasse o preconceito mais arraigado e o ódio mais “justificável”. Uma canção que tirasse as pessoas dos escritórios, das casas, das prisões, para cantar em uníssono, como um hino de paz e de esperança, e que depois de ser assim cantada em coro, todos se reconhecessem como irmãos de uma grande família. Sei que es

BEDA #3 - Em pleno século XXI

É sem dúvidas inadmissível que algumas coisas aconteçam ainda hoje, apesar de todo conhecimento acumulado acerca de nós mesmos e do mundo onde vivemos, o que, pelo menos em tese, deveria nos transformar em seres mais civilizados. Em vez disso, abominações como racismo, machismo, xenofobia, intolerância religiosa, enfim, toda essa variedade de discriminações e preconceitos ainda subsistem com força nesse início de século. Eu estou de plano acordo com todos que esbravejam contra essas atrocidades, abismados que elas existam ainda hoje. Apesar disso, cansei de ver em fóruns e debates pela internet gente usando como argumento a expressão “em pleno século XXI”, como se estar “em pleno século XXI” fosse condição única para sermos os melhores seres humanos de toda história. Cansei mesmo. Porque não faz o menor sentido para quem tem um mínimo de conhecimento de história. Esse discurso deriva, acredito, de uma interpretação equivocada da teoria da evolução de Darwin, segundo a qual

BEDA #2 - Pimpolho

Com o tempo a gente aprende muitas coisas e uma das mais importantes que aprendi é a rir de mim mesmo. A vida é dura, o caminho é árduo e o mundo hostil na maior parte do tempo, então não precisamos aumentar carga sobre nossos ombros com excesso de autocrítica e sentimentos de culpa exagerados. Erros acontecem e temos que aprender a nos perdoar para não viver pedindo desculpa por existir. Pessoas, embora pelo que escrevi até aqui possa parecer que este é um texto de autoajuda ou uma exibição de minha sabedoria adquirida ao longo dos meus vinte e poucos anos, não é. Eu só quis fazer essa breve introdução para mostrar porque não estou constrangido com o que vou lhes contar agora. OK, talvez haja até uma pontinha de constrangimento, mas nada que me impeça de rir de mim mesmo e de lhes oferecer a chance de rir junto comigo. Sem mais embromação, confesso: já toquei em banda de pagode. Para alguns nem é novidade, mas, mesmo pra esses, só agora é que serão revelados alguns dos deta

Santo BEDA

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Vocês sabiam que Beda é o nome de um Doutor e santo da igreja católica? E que além disso é venerado na nas igrejas Anglicana, Ortodoxa oriental e Luterana? O Venerável Beda (672-735) foi um escritor prolífico e gastou seu latim versando sobre diversos temas, como gramática, história, música e (claro!) teologia. É considerado o pai da história inglesa e o primeiro historiador da Europa cristã. Oi? Não sabiam? É sério? Nem eu. Na verdade eu só descobri por acaso, pesquisando sobre outro BEDA, esse do qual eu desajeitadamente estou tentando participar agora. Trata-se do Blog Every Day in April, um desafio lançado aos blogueiros de publicar um texto em todos dias de abril, como o nome diz. Eu sei que hoje já é dia 5 e eu já perdi 4 dias, o que já me faz ter perdido o desafio mesmo antes de começar. Não faz mal, pontualidade nunca foi o meu forte. Além disso, não tem um juiz ou banca julgadora pra me condenar, desclassificar ou impedir de escrever no meu próprio blog. Desse m

O mundo é um moinho (proteja seus sonhos)

Então mais uma vez é fim de ano. Mais 365 presentes foram desembrulhados por cada um de nós e aproveitados da melhor maneira. Sim, apesar de tudo, cheguei à conclusão que oferecemos ao mundo sempre aquilo que temos de melhor, agimos sempre com o melhor de nós, querendo acertar, mesmo que depois cheguemos à conclusão de que algumas de nossas escolhas foram equivocadas. E esses finais e recomeços são propícios para avaliarmos se o que fizemos está de acordo com quem somos e queremos ser, para ver o que vamos levar pela vida e o que vamos deixar no caminho. Sim, o título é uma alusão à música do Cartola "preste atenção o mundo é um moinho, vai triturar teus sonhos tão mesquinhos". Me peguei pensando nessas palavras porque nesse fim de ano notei o quanto fui abandonando boa parte dos meus sonhos - que nem eram mesquinhos. Sobretudo ao rever coisas que escrevi e lembrando de planos que fiz há 5 ou 10 anos. Foi triste, ver que fui deixando me deixando vergar sob o peso desse moi

Além do que se vê

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  “ Mas se eu lhe disser quem sou, você pode não gostar de quem sou, e isso é tudo o que tenho.” (John Powel)   “Só se vê bem com o coração; o essencial é invisível aos olhos.” (Antoine de Saint-Exupéry) Eu dou asas a minha imaginação desde que me entendo por gente. Na minha infância, não fizeram falta os videogames; se pudesse voltar atrás, escolheria novamente meus bonequinhos e as histórias que criava com eles. Quer coisa mais versátil? Eles tanto poderiam ser personagens de uma história de aventura, de guerra, como de uma partida de futebol. Já na adolescência, fui um rapazote tímido, introvertido, e minha companhia continuava sendo, em boa parte do tempo, as histórias criadas pela minha mente. Só nelas eu tinha coragem de falar com as menininhas de quem gostava, ou me vingar dos moleques que me enchiam a paciência. Não raro, sou mal compreendido pelas pessoas enquanto converso, pois quando ouço uma história qualquer, tenho o hábito de olhar um ponto fixo sem ver, já que minha

Motivos para ação

Eu gostaria muito que houvesse uma mobilização tão grande contra a corrupção, contra o aumento absurdo dos salários dos nossos nobres congressistas, contra as falhas do novo código florestal, enfim, contra tanta coisa ruim que exige de fato uma postura combativa da população, quanto essa que fizeram e ainda fazem contra o kit gay e a criminalização da homofobia. Isso me faz pensar com tristeza que em nosso país o falso moralismo é muito mais forte e motivador de ações que o senso de justiça e de reconhecimento da dignidade do ser humano pelo simples fato de estar vivo e ser um igual. Definitivamente, ainda precisamos evoluir bastante.

Feliz 2011

Ói eu aqui de novo depois de tanto tempo! A vida foi rolando tranqüila como um riacho de correnteza leve, quase imperceptível, e eu a deixei assim, sem registro aqui nesse canto onde eu guardo com tanto carinho minhas experiências com as palavras. O ano de 2010 passou assim, numa tranqüilidade, numa paz que há muito eu não experimentava. De 2006 a 2009 vivi muitos problemas com a família, de relacionamento, no trabalho, e a vontade de extravasar escrevendo era bem maior. Isso explica minha escassez de textos no último ano, mas também revela minha falta de gratidão com as palavras que foram muitas vezes meu alento, meu abrigo no meio das turbulências. 2010 terminou deixando em mim só essa sensação boa de que a vida não precisa ser sempre difícil. Talvez eu só tenha a lamentar nesse ano minha atitude diante dela, que foi a de ver o barco passar e não querer influenciar muito o rumo das coisas. No entanto, nem isso é uma coisa negativa. Meu coração precisava de um pouco de descanso e não

Meu amigo Acaso

Estou agora no aeroporto Eduardo Gomes esperando a hora de embarcar  no vôo da TAM rumo à Brasília  para de lá fazer uma conexão para São Paulo (Guarulhos). Como quase tudo na minha vida, essa viagem foi apenas minimamente planejada - escolhi os dias de férias e comprei as passagens antecipadamente, além de entrar em contato com meu primo Rafael para arrumar um teto durante minha estada. Poderia dizer que o refrão "O acaso vai me proteger enquanto eu andar distraído" define bem meu estilo de vida. Claro, sempre garantindo um mínimo de segurança e planejamento, como, por exemplo, o fato de eu ter feito concurso público, que foi uma decisão tomada ao sair do exército. Fora a resolução, não houve muito planejamento ou ordem na execução. Por acaso um amigo meu me avisou de alguns concursos e se ofereceu para pagar a minha inscrição e apostilas, pois sabia da dificuldade financeira da minha família na época. E com esses acasos, acabei passando e tendo minha estabilidade para impr

10 dias em Tabatinga - parte II: a missão!

Segunda-feira de muito trabalho e nenhum pique para passeios. No fim do expediente o povo preparou um bolinho e uns comes e bebes pra comemorar o aniversário do chefe da delegacia e estava tudo delicioso: me empanturrei de kikão, torta e bolo com coca-cola. Depois só leitura, jornal e cama. Terça ainda muito trabalho. Almoço no restaurante Três fronteiras com um garçom falando portunhol. Eu e meu colega resolvemos experimentar La Parrilha, afinal o garçom disse que era pra duas pessoas. Bem que a delegada tentou nos avisar; a comida dava pra alimentar quatro pessoas normais, a não ser que em Tabatinga se coma muito mais que em Manaus, o que não acredito ser uma opção válida... Depois de tanta comilança, resolvi aproveitar que a cidade é toda plana pra dar uma corridinha. Convenci meu colega a comprar um tênis e às 18:45 fomos caminhando rumo ao aeroporto - uns 10 minutos de onde estávamos até lá - onde há uma área muito propícia para os atletas-de-fim-de-tarde correr e caminhar. E dá

10 dias em Tabatinga

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Às 09:30 da manhã do dia 23 de maio, o piloto do vôo da Trip descrevia os procedimentos de emergência enquanto a bela aeromoça loira de olhos verdes e com o característico penteado impecável fazia a demonstração visual da sua fala. Finalmente o avião levantava vôo e eu estava saindo de Manaus com destino a Tabatinga. Comigo, pude identificar no avião que não estava cheio servidores da CGU, militares e policiais federais. O piloto, terminados os procedimentos de decolagem, anuncia os 7 graus negativos do lado de fora da aeronave e 26 graus em nosso destino. "Graças a Deus um clima mais ameno que em Manaus", pensei. Mergulhei na leitura de O Vermelho e o Negro, de Stendhal, e assim nem vi passar as 02:40 minutos de viagem. Só notei que o tempo previsto estava perto do fim quando começamos a descer em meio a nuvens densas que ocupavam o céu tabatinguense sem, no entanto, causar o menor problema aos procedimentos de pouso, como bem havia previsto o piloto, além de nos avisar, par

Eu mesmo não gosto, mas como minha mãe assiste...

Quem nunca ouviu uma frase do tipo? Antes era muito usada por homens e gente que se considerava superior aos pobre ignorantes que se deixavam alienar pelas telenovelas. Hoje, que a telenovela já é quase uma, er, paixão e motivo de orgulho nacional - ainda mais com o prêmio recebido por Caminho das Índias - creio que nem os homens tem mais vergonha de se assumirem amantes da teledramaturgia. Porém essa frase tem sido muito usada hoje para esconder a atração que outro tipo de programa televisivo (não menos alienante e improdutivo) exerce: os reality shows. Domingo, durante uma discussão sobre o BBB na TV Brasil, uma psicóloga que participava da conversa disse não assistir o programa. Entretanto, quando eram citados certos episódios, lá estava ela opinando com propriedade, utilizando detalhes dos acontecimentos dentro da casa para ilustrar suas críticas. Daí eu pensei: mas como, se ela não assiste? Daí algum leitor poderia dizer que para criticar é preciso conhecer. Tudo bem, mas foi e

TV x Contador de Histórias

No início do conto O Adeus do navegante , de Milton Hatoum, o velho navegante chega de viagem e manda desligarem a televisão para contar um causo. A história que ele conta é sobre um duelo, mas o conto de Hatoum é sobre outro duelo: o do título deste post. Ela se passa num tempo em que a televisão ainda causava fascínio por ser novidade e privilégio de poucos, mas a imagem do homem que chega e manda desligar a televisão para que o ouçam causa maior fascínio ainda, pelo menos em mim. Ao ler sobre como as famílias se reuniam para ouvir a leitura de um romance ou para alguém contar histórias, sinto uma imensa vontade de ter vivido nessa época. Quando imagino uma cena como a do patriarca no conto de Hatoum sinto que há nela uma atmosfera mágica, as palavras saindo da boca e a imaginação dos ouvintes aguçada tentando visualizar o que está sendo contado. Lembro que na infância, quando faltava energia elétrica, meu avô Amaral contava algumas de suas histórias: de suas pescarias,

De como decidi cantar na noite

Como prometi no twitter , vim falar sobre a apresentação de sábado. Na verdade essa história de tocar na noite vem amadurecendo desde o ano passado, quando eu e o meu amigo Vítor começamos a conversar sobre a possibilidade de tocarmos juntos. Eu toco e canto e ele idem, e nossos repertórios são diferentes, daí pensamos que a soma daria um bom resultado. Eu estou mais na área de mpb e rock anos 80; ele já conhece as mais atuais e sertanejo, coisas que o pessoal também pede, dependendo do local. Nós iríamos tocar em uma choperia perto da casa da minha mãe (na época eu morava lá, ainda) em janeiro, mas uma gripe e vários contratempos atrapalharam nossos planos. Dessa época nós só tivemos alguns poucos ensaios e um pequeno repertório montado. O tempo passou, eu voltei a estudar, ele estava trabalhando muito e a ideia foi ficando adormecida. Aí, há algumas semanas atrás ele conheceu a cantora Eva Pinheiro, que já está a alguns anos cantando na noite, quando esta fazia uma apresentação na em